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domingo, 8 de novembro de 2009

CADA MACACO NO SEU GALHO

A propósito da carta do leitor que hoje publiquei no DN, um senhor(a) A.Santos comentou, no próprio DN, no espaço destinado a comentários dos leitores, com o seguinte texto:
"O camarada Escórcio canta bem mas não encanta. Enquanto não reconhecer que o caos na educação se deve ao PS em especial à Ministra de má memória não terá grandes seguidores, veja-se o que aconteceu recentemente quando juntou 4 prof. para se manifestar contra o GR enquanto que a nível Nacional essa manifestação reuniu 120 mil prof. Os professores não são tontos e têm memória não pode tranferir responsabilidades que cabem ao seu partido, porque perde credibilidade, nem pode pensar que a educação se resolve com fantasias e aproveitamentos políticos, como escolas pequenas, as fardas os rankings o tudo gratuito são faitdivers pouco originais, a menos que consiga que o seu partido reponha o dinheiro que tirou À MADEIRA p/dar aos Açores socialista".
Bem, as pessoas são livres de comentar e, ainda bem, que o fazem. Lamento dizer que não me parece um comentário sério e sobretudo honesto. Parece-me sermão de encomenda do tipo "Timex", que não adianta nem atrasa. Mas vamos por partes e sequencialmente:
1º Eu não canto, apenos estudo os problemas e tenho uma opinião tão válida quanto outras que por aí andam. Não imponho a minha vontade a ninguém mas sei quem o faça há mais de trinta anos nesta Região.
2º Relativamente à ex-ministra, enquando um responsável do PSD (Deputado) tecia rasgados elogios às suas políticas educativas (vide Jornal da Madeira de 21.06.2006), eu sempre me posicionei contra muitas medidas da equipa ministerial, inclusive, através de vários artigos de opinião publicados no DN, para além de textos lidos na Assembleia Legislativa da Madeira.
3º A Região da Madeira é Autónoma e, por isso, não deve andar à espera do que se passa ao nível nacional. A tipologia das instalações não depende do ministério, a organização interna das escolas idem, a qualidade do ensino também, o número de alunos por escola e por turma idem, as políticas de acção social idem, enfim, há um larguíssimo quadro de intervenções que, na Madeira, de acordo com o Estatuto Político-Administrativo (Artigo 40º), apenas dependem do governo. Ademais, a Educação está REGIONALIZADA.
4º Não convoquei nenhuma concentração de professores. Recebi, por e.mail, de uma colega que conheço, a mensagem de tal concentração. Compareci, porque sou coerente. Se outros descontentes com a política nacional e regional não compareceram, tal situação deve ser motivo de análise às razões que levam as pessoas a terem medo de se manifestar. O problema não é meu. Sou livre e não vendo a ninguém a minha consciência cívica, política e profissional.
5º Considero leviano da sua parte abordar um diploma que desconhece.
6º Quanto a dinheiros, posso dizer-lhe que o problema da Educação, na Região, não é de recursos humanos, materiais e financeiros. É de competência, de inteligência e de respeito pelo princípio das prioridades estruturais.
E fico por aqui, porque o tipo de escrita não merece mais.

4 comentários:

Jorge Moutinho disse...

Porque não pode o comentarista abordar um "diploma" que teve divulgação pública como este teve?
Se não conhece é porque ainda não deu a conhecer...
E o que deu a conhecer (várias páginas no DN dos Blandys) chega para poder ser abordado... porque não?
Se não quisesse ser comentado não falava.

João Pedro disse...

Onde podemos aceder a esta proposta tão falada.
Afinal o DN já a teve, tendo produzido um trabalho alargado e justificando uma entrevista sua.
O DN é priveligiado neste processo?
Ou é só show off?
Ou quer algum feed-back antes de colocar a proposta como pública?
Há algumas inseguranças suas que impeçam a divulgação do trabalho (que já foi público para o DN)?

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Eu tive o cuidado de dizer que ainda bem que há comentários. Eles são bem vindos desde que sustentados, não na minha verdade mas na verdade dos outros. Se eu me exponho publicamente sei que terei de ser analisado no que digo ou proponho. O problema não é esse. O problema é o tipo de comentário que se faz que dá a entender ódio, maldade e não sei que mais. E isso deve ser evitado num debate que desejo livre, aberto mas educado.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário (visitante João Pedro).
A proposta já foi entregue na Assembleia Legislativa da Madeira faz hoje uma semana.
Dentro dias estará on-line provavelmente no site do grupo parlamentar do PS-M.
Meu Caro, não sou pessoa de show-off. Prefiro colaborar com a minha terra, fazendo apelo ao bom senso. E trata-se apenas de uma proposta, certamente, discutível. Não é nenhuma bíblia.