Adsense

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CALOTES... ONDE PÁRA A HONORABILIDADE?

Noticia hoje o DN que o C. S. Marítimo tem um "calote de 5 milhões" a uma construtora que se responsabilizou pelas infra-estruturas em S. António. Trata-se, apenas, de mais um calote. Mas é evidente que sendo mais um que vem a público, ele próprio constitui, apenas, uma das pontas da longa meada de calotes, não só no sistema desportivo como no sistema empresarial.
Dir-se-á que, hoje, fez escola, acumular dívidas e não se responsabilizar pelos encargos assumidos. Perdeu-se a honorabilidade, a honradez, a sensatez, a preocupação de investir com um rigorosíssimo sentido de responsabilidade em função da riqueza acumulada e das receitas certas. Mandam executar e, depois, logo se verá. Adquire-se e, depois, empurram-se os prazos sempre com o argumento que "não posso liquidar porque também me devem". E as organizações sociais entraram neste leviano e perigoso círculo vicioso, o qual, paulatinamente, tem vindo a gerar um mar de angústias.
Esta sociedade está, manifestamente, doente. É o governo que deve, são as empresas que devem, são as pessoas que apresentam um saldo negativo entre o que auferem e os encargos assumidos para além do essencial.
Esta é a sociedade da mentira e da ilusão que não tem futuro. Tendencialmente vai falir. Os sinais que estão aos olhos de todos já não se resolvem com algumas "aspirinas" prometidas pela Vice-Presidência do governo regional ou com a atribuição de uns subsídios que mais não são do que migalhas do orçamento regional. Resolve-se com uma correcção de políticas, de significativas alterações nos processos de organização social, de programas, de prioridades, de mentalidade, de respeito pelos princípios e pelos valores que devem nortear a responsabilidade individual e colectiva.
Os sinais que caracterizam o sistema desportivo são os mesmos que caracterizam os restantes sistemas. Cuidado, a falência maior pode estar aí bem perto!
Foto: Google Imagens.

Sem comentários: