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sábado, 7 de novembro de 2009

DETURPAR E CONFUNDIR, INTENCIONALMENTE

Na política como na vida em geral, embora tenha suficiente experiência para deixar passar as situações menos agradáveis, não deixo de ter uma leitura atenta sobre os comportamentos de alguns que deveriam pautar a sua atitude pela elegância e, sobretudo, pela profundidade do conhecimento. No essencial, terem a preocupação em não dizerem disparates, não deturparem e não confundirem, intencionalmente, quem lê e que acaba por ficar com uma leitura distorcida da realidade.
Dir-se-á que se brinca com a política e, portanto, com uma das mais sérias e importantes actividades do Homem. Porque toda a nossa vida depende de boas ou más decisões políticas, por isso mesmo, rejeito, liminarmente, os que se entretêm na desfocagem, na mentira, na aldrabice, nas palavras mais partidárias do que políticas. O vínculo partidário não é para dizer amém a tudo mesmo que a consciência nos acuse do erro que estamos a cometer. Eu, por princípio, assumo que esse nunca foi o meu caminho e, decididamente, nunca será.
Lembro-me, aqui há uns anos, numa equipa da qual fiz parte, em uma candidatura à Câmara Municipal do Funchal, ter dito que se justificava a construção de um edifício de raiz, moderno e funcional que acabasse com a tortura dos serviços da Câmara que, toda a gente sabe, não têm espaço para poderem dar uma adequada resposta às múltiplas solicitações dos munícipes. E disse, também, que o actual edifício deveria ficar como sala de visitas da cidade, com um museu que contasse a História da Cidade do Funchal, espaço da Presidência e Vereação e para a dignificação do funcionamento da Assembleia Municipal. Dias depois, na comunicação social, um político da maioria dizia que eu queria deitar abaixo o excelente edifício dos Paços do Concelho. Ora bem, não é que hoje, a propósito de Educação, eu que há muito proponho uma outra tipologia dos estabelecimentos de ensino e menos alunos por turma, vem um político dizer que eu quero deitar abaixo as Escolas Secundárias de Jaime Moniz e Francisco Franco! Se ainda dissesse que eu queria "implodir o sistema educativo actual" vá que não vá! Agora os edifícios...
Há coisas tão irracionais que o melhor é encolher os ombros, dirão os meus Amigos. Mas não os encolho. A irracionalidade só se combate com novos argumentos, contrapondo, discutindo, envolvendo-se mesmo que isso canse e, por vezes, se possa pensar que não vale a pena. Enquanto eu ali estiver, na Assembleia, claro, sem gritarias, vão ter-me à perna em matéria de políticas de educação. Disso não tenham dúvidas, porque não permitirei que deturpem ou confundam, intencionalmente. Simplesmente porque, com a Educação, não brinco. Brinco com os meus netos, com eles brinco, mas, ainda assim, sempre numa atitude de educação para a vida!

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