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sábado, 14 de novembro de 2009

NO REINO DO ANALFABETISMO E DA FALTA DE IDONEIDADE

Imagino o que não seria de blá-blá se o que se está a passar no PSD-M (desde há muito) fosse no PS! Indirectamente, um autarca há pouco eleito é caracterizado de analfabeto; outro, substituído na liderança da Câmara diz que o seu sucessor não é idóneo. E isto é o que se sabe, o que vem a público. Por detrás da cortina, imagino a quantidade de serrotes e de serradura que por aí não andam. Mas, enfim, essas são questões internas de cada organização partidária onde os conflitos, temos de convir, são absolutamente naturais. Muitas vezes ultrapassam é o limite do razoável, sobretudo quando os conflitos não são bem geridos e quando as lideranças têm tiques ditatorais.
Porém, o que acontece é que, no poder, pelo menos neste poder regional, tudo é considerado normal quando as desinteligências no seu seio são públicas; já quando se trata do maior partido da oposição regional, aqui d'el rei, "não se entendem", "são sempre os mesmos", "assim não vão lá", enfim, assiste-se a um organizado coro que influencia o eleitorado, divide e torna insuportável a própria correcção dos processos. Daí a população, por múltiplos motivos, raramente ter em consideração as propostas apresentadas, os estudos pacientemente realizados, a doação dos actores políticos na defesa de causas importantes, a seriedade, a honestidade e o rigor da actuação. Tudo fica reduzido a zero, manchado, esmagado, eu diria esquecido, por um qualquer fait-divers político interno, por melhor que seja o desempenho político.
Mas, atenção, a dignidade de uma pessoa não tem preço. E quando um eleito é considerado analfabeto por quem o escolheu para ocupar o lugar que ocupa, obviamente, que a contrária terá de ser considerada verdadeira. Ninguém, com responsabilidades políticas demonstra idoneidade quando escolhe um "analfabeto" para presidir a um dos mais complexos concelhos da Região, neste caso, Câmara de Lobos. Eu, posicionado numa situação daquelas, hoje, já não era autarca. Tinha entregue a presidência da Câmara ao "analfabeto" que me tinha escolhido. Era uma questão de horas para a devolução da chave. A dignidade, repito, não tem preço. Mas parece que por estas bandas, com imensas e enormes colunas de plasticina, a situação passará em claro, por interesse, por subserviência e até por medo.
Enfim, em poucos dias, após a tomada de posse, um muda a chaves de acesso aos serviços da Câmara, o que significa um claríssimo acto de clara desconfiança, outro é tido como analfabeto e, no extremo da ilha, um manda analisar as continhas do passado e o presidente eleito é considerado sem idoneidade. Imagino que isto tinha a ver com a oposição!

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