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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

SÓ É GRANDE QUEM É HUMILDE. ESPERO DO EMANUEL CÂMARA UM GESTO NOBRE. SERÁ CAPAZ?


Cruzei-me com uma pessoa que já não via há um certo tempo. Damo-nos bem, cordialmente. É um cidadão claramente social-democrata, embora não ligado às estruturas partidárias. Uma personalidade caracteristicamente moderada. Disse-me: "que excelente notícia" - referia-se à sondagem publicada pelo DN-Madeira que coloca o PS-M praticamente em empate técnico com o PSD. Sem muitas conversas alertou-me: "agora juízo e metam juízo em certas figurinhas que parece que desejam travar a vontade do povo". Mais disse: "deixem o Carlos Pereira seguir em frente (...) no círculo dos meus amigos é tido como um excelente economista e um dos melhores políticos portugueses". Foram estas, não textualmente, o sentido das suas palavras. 


Não me falou se Carlos Pereira tem ou não empatia com o povo. De facto, se de uma forma sustentada os resultados estão em crescimento, de 11% para quase 34%, que razões existem para alguns apregoarem que o Dr. Carlos Pereira é uma figura fechada, sem humor e distante do Povo? Não é. Pelo contrário, com ele trabalhei e sei, no decorrer das nossas conversas, quantas gargalhadas deu e dá por coisas de humor mínimo. E quanta luta, por sentido solidário, pelo povo ele faz! Adiante, porque essa conversa é treta. A sondagem provou-o. Se não fosse conhecido e se nele não tivessem descoberto a qualidade necessária para ser candidato a presidente do governo, obviamente que o resultado teria sido outro.
Enquanto lia e interpretava os dados, na minha cabeça perpassava-me a pergunta: se estivesse na situação do Emanuel Câmara, vencedor indiscutível e com enorme mérito nas recentes eleições autárquicas do Porto Moniz, o que faria? Resposta simples: em nome dos Madeirenses e Porto-santenses, abandonaria essa corrida à liderança do PS-M, por constituir uma corrida suicida para o partido onde o Emanuel milita. Ele, um homem que, para além da sua função profissional, passou pelo futebol, sabe, até, que na gíria se diz que "equipa que ganha não se mexe". Para quê fazer ruído, ou, pela  sua entrevista que hoje li, constituir-se em "barriga de aluguer" de outra pessoa? Para quê provocar desestabilização, que se propaga junto dos eleitores, quando existe uma oportunidade e uma avidez de mudança? Haverá alguma racionalidade nesta atitude em função do momento de ouro que a Madeira política vive? Do meu ponto de vista o Emanuel Câmara está a ser usado. A Região é muito pequena e logo se saberá os bem vestidos que não querem o PS no poder. 
Ora, regresso ao início do parágrafo, se eu estivesse naquele situação, repito, anunciava, HOJE, que não seria candidato, pois o povo, esse povo que foi soberano no Porto Moniz, que se estende Madeira além, defende que a hora é de estabilidade, de mãos à obra, de gerar consensos e de muito trabalho propositivo, mas sensato. Não me restaria outra alternativa face a capacidade técnica e política do Dr. Carlos Pereira. Estou convencido que, sendo a hora de união e de esperança, o bom senso prevalecerá, muito embora seja uma candidatura estatutariamente legítima. Mas é óbvio que existe aqui um bullying político abstruso e sem qualquer sentido.
Só é grande quem é humilde. "A simplicidade vem sempre acompanhada de um gesto nobre - Patrícia Rezende. Ao Emanuel resta-lhe esse nobre gesto. Ganhará a população que o elegeu e, neste caso, ganhará toda a Madeira e Porto Santo, com a possibilidade de uma nova forma de governar com qualidade, rigor, humildade e esperança de um bom futuro, desde os mais vulneráveis aos que fazem das tripas coração para serem empresários.

Ilustração: Google Imagens.

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